Solidariedade internacional ao povo chileno!
A América Latina borbulha em revolta. Pelo menos um milhão de chilenos inundaram as ruas de Santiago ontem (25.10), contra o neoliberalismo, desigualdade social, e terrorismo de Estado! Se unem em revolta os trabalhadores, aposentados, estudantes e povos tradicionais. Na foto, a wenu foye, bandeira do povo mapuche, triunfa no céu em chamas da subversão chilena.
O Chile enfrenta, desde o dia 18 de outubro, sexta-feira, uma onda de protestos com violenta repressão estatal. O estopim da revolta popular no país, considerado um oásis do neoliberalismo na América Latina, foi o aumento do preço das passagens de metrô. No entanto, a revogação do aumento da passagem não tirou os chilenos na rua, e o repressivo Estado de Exceção instaurado por Piñera já causou pelo menos 20 mortes, 6 mil prisões, além das assustadoras denúncias de violência sexual, execuções e tortura por parte do Exército chileno – a repressão mais severa do país desde a redemocratização.
A revolta chilena é fruto do neoliberalismo consolidado por Pinochet durante a ditadura militar no país, que aumentou o custo de vida, privatizou a saúde, precarizou a educação, ampliou a desigualdade e, finalmente, instaurou o regime de previdência privada que hoje oferece aposentadorias baixas ou inexistentes à população, e ao qual o Ministro Paulo Guedes tanto admira.
A terra prometida pelo neoliberalismo de Paulo Guedes é esta que vemos hoje no Chile. Caos social, desigualdade galopante, e um Estado fascista que se recusa a abrir mão de seus privilégios e reprime violentamente sua população. A conciliação de classe chilena não foi capaz de superar este cenário, e esquerda e direita disputam o campo de guerra que se tornaram as ruas chilenas. O coletivo Subverta espera que uma alternativa socialista revolucionária seja capaz de apresentar uma alternativa que seja capaz de unir a classe trabalhadora contra o neoliberalismo fascista.
O Chile de hoje pode muito bem ser o Brasil de amanhã. Toda solidariedade ao povo chileno!
Deixe um comentário