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“No meio das trevas, sorrio à vida”

 


Há 149 anos, nascia Rosa Luxemburgo, numa Polônia controlada pelo Império Russo. Exemplo de energia militante e fidelidade aos princípios humanistas e revolucionários, sempre se opôs à ilusão de que um acúmulo de transformações graduais produziria as transformações necessárias rumo a um mundo de paz, justiça e igualdade. Por isso, já na Alemanha, Rosa se opôs diametralmente aos acordos com a burguesia praticados pelo Partido Social-Democrata dali, apoiou os bolcheviques na Rússia e lutou bravamente contra a guerra imperialista.
Mas a Rosa vermelha também não aderia à ideia de que a consciência socialista viria “de fora” do universo das lutas. “A organização, a conscientização e o combate não são fases distintas, mecanicamente separadas no tempo […] mas apenas aspectos diversos de um único e mesmo processo”, dizia ela. Também tinha clarividência de que amplas liberdades democráticas são necessárias para “a autoeducação popular pela experiência prática, a autoemancipação revolucionária dos oprimidos e o próprio exercício do poder pela classe trabalhadora”, como nos lembra Michael Löwy.
A coerência e o heroísmo de Rosa lhe custaram a vida, assassinada ao lado do também revolucionário Karl Liebknecht. Mas seu exemplo e suas ideias vivem e florescem. Em tempos de trevas, é preciso “sorrir à vida” e em tempos de ameaças neofascistas e colapso ecológico é preciso lembrar, atualizando-o, o lema de Rosa: “[Eco]Socialismo ou Barbárie”! Rosa, a vermelha, a subversiva, vive!

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